terça-feira, 18 de maio de 2010

Matrimônio: santidade conquistada a dois



Há dois tipos de caiaque: um é o individual, no qual uma pessoa sobe, segura os remos e vai remando... O outro é o caiaque duplo. Neste não dá para ir sozinho: ele foi fabricado para duas pessoas. A distribuição de forças e de peso no caiaque é para duas pessoas e, sendo assim, não adianta apenas um esmerar-se no remo e deixar que o outro "se vire". No caiaque duplo, a sincronia dos remos é o mais importante. Não adianta um remar bem e o outro mal. Se um rema e o outro não rema, se um rema rápido e o outro rema devagar, o caiaque afunda. Esse “jogo de forças” sem sincronia faz com que o caiaque vá para o fundo.

O matrimônio é um caiaque a dois. Se Deus chamou você para o matrimônio, não há outro jeito. É preciso remar em sincronia. É preciso que homem e mulher andem em sintonia. É preciso aprender isso. E, muitas vezes, vai ser preciso ensinar. Um ensina o outro. Mas é preciso que os dois aprendam. É o único jeito de levar em frente o "caiaque" do casamento.

Se você, mulher, já está mais adiante no processo de santificação, saiba que não adianta ir na frente, como na "Corrida de São Silvestre". Sua vocação é andar no "caiaque duplo". É ter sincronia, é ensinar o marido a remar junto. Sua função é preparar seu companheiro, para que ele também aprenda e entre no ritmo. Você precisa começar esse processo com seu marido bem devagarinho, treinando bastante, até que ele se habitue e vocês adquiram sincronismo.


No casamento, a santidade, o caminho para Deus, é conquistado a dois. Homens, é hora de deixar de covardia! "Remem" com suas mulheres, pois elas já "remaram" demais sozinhas. O barco afundou porque vocês, infelizmente, não tinham assumido suas responsabilidades. Não basta dizer: "Minha esposa já vai à igreja, reza, comunga, conta os pecados dela e os meus para o padre. Eu já nem preciso me confessar". Isso é desculpa! É preciso que você também assuma seu caminho de santidade. Não há outro jeito!


Maria foi santa porque José foi muito santo. E ao mesmo tempo (aí está o bonito), José foi santo porque Maria foi muito santa. A imagem da Sagrada Família, trazida de Roma que temos em nossa capela, é peça única de alto a baixo, não tem divisão. Retrata com precisão o que foi a família de Nazaré. Eles são um tronco só, querido por Deus. Um na forma de José, outro na forma de Jesus: mas os três são um único tronco. E não dá para ter uma Maria cheia de graça sem um José cheio

Nenhum comentário:

Postar um comentário